Mãos frias agora,
numa peleja difícil,
não obedecem o sentido,
que quer transmitir na escrita,
uma mensagem singela,
em busca do sentimento nobre,
que trará junto o calor,
que lhes dará o conforto.

Vem amor! Minhas mãos te anseiam.

O frio que gela a face,
que me atordoa a mente,
que busca engendrar os vocábulos,
que visam o convencimento,
que liberta os impedimentos,
que faz vir bem correndo,
essa esperada presença,
que me trará lucidez.

Vem amor! Minha mente carece.

Este gelo que me deixa tão lento,
que só faz me roubar o tempo,
não permite o raciocínio mais claro,
me impede de por nas palavras
o ouro do meu coração,
que te encherá de nobreza,
e te trará em sorrisos ardentes.

Vem amor! Meu coração padece.

Este lado vazio da cama,
é um gelo que gera mais gelo,
que nada consegue mudar.
Esse travesseiro, essa fronha,
essa seda sem ruga e sem marca.
O silêncio na noite gelada.
Estas mãos à procura de alguém.

Vem amor! Minha cama te espera!
O Meu corpo também!