QUANDO O "CHATO" FAZ FALTA
Essa crônica aqui é antiga, está fora do tempo. Não tinha a intenção de publicá-la Só resolvi fazer por ter lido a crônica "Pobre Menino Rico" do Dartagnan.
Há algum tempo li o resultado de uma pesquisa de onde me inspirei para escrever uma brincadeira a qual chamei de a crônica do chato. A tal pesquisa dava conta de que a maioria das pessoas, quando vão para algum divertimento, preferem a companhia de amigos menos “responsáveis” que elas, pois assim não se sentiriam cobradas por qualquer atitude mais ousada, por qualquer ato considerado fora dos padrões “normais” de comportamento. Na minha brincadeira, o sujeito precavido é o chato, que só é convidado para ajudar a repartir as despesas. Na última quarta-feira, 17 de junho, dia do jogo Brasil e Colômbia, acompanhando durante o dia o noticiário, fiquei curioso para saber como é que o Neymar iria estar no referido jogo, pois um magistrado lá da Espanha, nesse mesmo dia, havia acatado a denúncia de crime de corrupção contra o Neymar, contra o Neymar pai e outros. Aconteceu o que eu imaginava, ele jogou muito mal, demonstrou um nervosismo incomum e o resultado todos viram. Culpado ou inocente o tempo dirá; de qualquer forma, recuperar a integridade do nome parece coisa impossível, e ele deve ter pensado muito nisso, ou não. Nesse mundéu de dinheiro que eu nem faço ideia do significado, o “chato” não teria lugar nem no pensamento. Caso houvesse um pouco mais de inteligência, ele existiria, mas com o nome de conselheiro, remunerado, talvez. Falo da falta de inteligência, pois sendo verdade a acusação, eles tentaram enganar gente muito tarimbada, gente do ramo... Na minha boa fé, penso que o Neymar, nesse momento muito negativo, deve estar lamentando a não existência do “chato”, para alertar-lhe dos perigos, dos riscos. Bom... continuando na minha inocência, já que havendo dinheiro o “chato” não tem vez, quem seria a pessoa mais indicada para estar do lado dele e desempenhar esse papel? Não seria o pai dele? O Neymar pai, estava sim do lado dele, mas como réu na prática do suposto crime. Talvez seja essa a maior dor.
JV do Lago
Enviado por JV do Lago em 16/09/2020
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