Certa vez ouvi em uma homilia um exemplo onde o pregador citava o ator Juca de Oliveira, que teria, em uma resposta de entrevista, dito que a nudez na arte só se justifica dentro do contexto que a exige.
Essa citação só me confirmou o que já tinha aprendido no desempenho da minha profissão, que nada tem a ver com nudez ou arte, mas tem a ver com a necessidade de não tangenciar nada, encarar as situações conforme a exigência legal e do contexto.
Coloco como exemplo as leituras em voz alta que por obrigação legal muitas vezes tive que fazer. Leitura de textos com os mais variados e quase impensáveis  vocábulos.
Vocábulos utilizados em frases muitas vezes aterrorizantes, imundas e até cômicas.
Tive a felicidade de ter percebido e aprimorado o meu modo de ver e assim conseguido trazer para dentro da família, na educação dos meus filhos, que as frivolidades são totalmente dispensáveis se não fizerem parte de um contexto específico.
Não alimento nenhum preconceito em relação ao linguajar de ninguém, mas confesso que com interlocutor que exagera no linguajar chulo, tenho dificuldades em alimentar qualquer assunto.  Se são pessoas da minha estima, mais ouço do que falo.