Vendo o título Crime Passional de uma postagem de uma poetiza daqui, lembrei de um crime passional que a própria vítima me contou.
Em nenhum momento eu duvidei do sujeito, mas que fiquei tentando entender o porque, isso eu fiquei sim.
Teria mil motivos para duvidar dele, pois era um daqueles ditos picaretas, que segundo ele, os próprios filhos o odiavam.
No meu cargo de Oficial de Justiça, conheci inúmeras pessoas que se perderam nas dívidas  o que me causava muita pena, pois eram pessoas corretas, que as circunstâncias da vida as empurraram para o atoleiro financeiro. Sempre as respeitei, compreendi e emprestei meus ouvidos pacientemente para que desafogassem suas dores, mesmo quando as queixas vinham injustamente pro meu lado, eu conseguia me segurar e não revidar nada. Não era o caso desse homem.
Nas conversas dele em relação aos mandados judiciais, referentes aos inúmeros processos que ele respondia, eu não acreditava em nada, pois enganar era o que ele mais tentava fazer. Mas nesse caso desse “crime passional” que existiu mais não existiu, eu acreditei, pois ele era um desses sem vergonhas, conforme dizem lá na minha Minas Gerais, e é muito provável que quiseram acabar com sua vida.
A minha dúvida é só se quiseram mesmo acabar com ele, ou foi só um susto que o sujeito quis fazer ele passar.
Desconfio que na verdade o autor não teve foi coragem de fazer o serviço  direito, pois acionar um revolver de seis tiros por seis vezes na cabeça da “vítima” e não sair nenhum tiro, dá pra desconfiar que eram cartuchos vazios ou coisa assim.
Por ter conhecido as pessoas envolvidas, penso que motivo para o acontecimento, existiu, o que justifica eu ter acreditado.