OBSERVANDO

Nas curvas da vida, sem propósito, acabei sendo meio adepto da observação. Fui treinado sem saber, sei que entre tantas que faço, não sei olhar para uma árvore e não olhar o chão, e foi assim que aprendi a entender o que tem nelas mesmo antes de olhar para cima.
Nas caminhadas que faço, logo no raiar do dia, passo em uma lagoa, que na verdade é um piscinão de prevenção contra enchentes, que formou um lindo espelho d’água, onde existem peixes e muitas aves aquáticas.
As capivaras, eu aprendi a entender o ciclo delas, do acasalamento no verão aos nascimentos no inverno.
O que tenho observado há algum tempo no gramado nas margens da lagoa, é a existência de fezes de cervídeos mas nunca vi nenhum deles por ali, creio que pastam à noite e se escondam durante o dia.
Sei que eles estão bem comum por aqui, pois já topei com eles algumas vezes em lugares afastados da cidade.
Outro dia vi uma lontra, que muito arisca desapareceu sem que eu pudesse ver onde ela foi parar.
Em uma outra lagoa, também no meu caminho, mas em outra pista de caminhada, tenho observado ultimamente a existência de patos selvagens grandes, espécie que eu não tinha visto ainda. A princípio pensei que fossem desses domésticos que todos conhecemos, mas as cores um tanto padronizadas estão me fazendo pensar diferente. Ainda não sei afirmar nada, estou na observação.