MALDADE DO TEMPO
Não, eu não me queixo da vida Sorte, acho que tive muita, sim Dores tantas, quanta coisa sofrida Isso é arte do mundo, não foi só pra mim Nos desassossegos, apurei os sentidos Nas andanças, enriqueci minha alma Não houve assim, momentos perdidos Nos desesperos aprendi sempre ter calma Dores de amor, não posso negar Não sei se me amaram, mas eu amei Só faço dar corda para o tempo passar Nas cruzadas da vida eu sempre estarei Não posso mudar o meu tempo de história Meus cabelos e marcas revelam o que sou Meu peito vadio desafia a memória Vai semeando pistas nesse incerto que estou As pernas reclamam e com toda razão Não é só de cansaço a origem da dor Tem feridas ainda de inconsequente paixão É um desafio à lógica ter sonho de amor JV do Lago
Enviado por JV do Lago em 19/09/2021
Alterado em 19/09/2021 Copyright © 2021. Todos os direitos reservados. Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor. |