Tanta coisa pra dizer, tantos argumentos, nada se encaixa na expressão do pensamento em versos. A poesia deu no pé, não quer mais ser instrumento de um amor insensato.  Insensatez não por cabimento, pois o coração, no seu querer, não segue as normas do tempo nem do espaço, não se acha envelhecido e nem olha a geografia, simplesmente ama e nada mais lhe interessa.  Ao poeta sem poesia, a lua se mostra fria, o seu brilho não penetra na alma. Resta então o sonhar. Nos sonhos os limites não existem, o tempo não existe, a distância não existe. Nos sonhos os amantes se encontram, seus corações se entrelaçam, suas almas se fundem e o amor se eterniza.  Nos sonhos somos um do outro.