Os poemas não me brotam fácil, não sei dizer um eu te amo com classe, fico esperando uma magia que talvez não exista. Penso, penso, penso, nada diferente pra me fazer seguir acreditando nalguma beleza. Vou para os elementos tradicionais, sol, lua, universo, coração, pensamento, em tudo o que costuma povoar a mente dos poetas, mas não, nada parece trazer satisfação, é quando  me surgem as estradas, as distâncias que não posso percorrer, não por minha vontade, mas por causa das peripécias que o destino criou, então deixo que vida me leve, que na sua expontaneidade vá me mostrando sentidos que resisto acreditar, vejo-me em um outro lugar, diferente, mágico, belo e estranho, vejo você, vejo que naquele tempo sem fim, nada nos impedirá de amar.