Uma prosa que pretendemos ser poética, nasce no emaranhado que compõe o nosso ser. Vem da alma, dizem, talvez seja! Vem do coração, é muito possível, vem do pensamento que vagueia a imensidão, é bem provável! Mas isso tudo não é por acaso uma coisa só? Não é o conjunto que forma o meu eu? Como conseguimos separar e atribuir nomes e valores a esses elementos que na verdade são interligados? Acho que daí é possível explicar a poesia, que cumpre o papel de tornar belo algo que consegue ser simples e complexo ao mesmo tempo, esse todo que nos torna únicos e especiais. A poesia trata o coração como templo do amor, a alma como um alojamento da pura beleza, o pensamento como uma nave que transpassa as dimensões. A poesia separa e junta tudo isso, quando pretende falar de algo chamado amor.