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"Memória, Mediunidade e Meditação: O Olhar que Pediu Socorro"
Depois de um bom tempo sem escrever e publicar nada, volto com a intenção um tanto diferente da que eu costumava ter anteriormente. Estou um pouco tenso; tento explicar a mim mesmo o motivo desse sentimento, no entanto, não fico satisfeito com os argumentos que encontro. Entre os tais argumentos, talvez o que mais pese seja o da responsabilidade, pois estou longe de ter uma compreensão satisfatória sobre o assunto, cujo primeiro “insight” que me despertou, que me fez pensar, aconteceu há tantos anos — precisamente em 12 de outubro de 1992 — data do desaparecimento, na região de Angra dos Reis, do helicóptero que levava o deputado Ulysses Guimarães, sua esposa e outros amigos.

O sonho com uma cena tão semelhante ao acidente acontecido, e o noticiário na TV logo em seguida de ter sonhado, acordado e ligado o aparelho, fez-me pensar e passar a perceber muitas coisas que vieram logo em seguida — e muitas outras que aconteceram anteriormente, às quais não dei a devida importância. Passaram-se quase 33 anos até esta data. Foram tantas incertezas, caminhos errados, numa procura que me trouxe até aqui.

Possivelmente, em outra oportunidade eu volte a escrever um pouco sobre o que aconteceu nesse longo período. Vou, neste momento, tratar de algo que foi muito forte e impressionante, ocorrido nesta última semana. Preciso dizer que estudei e me tornei Terapeuta Quantiônico, Psicoterapeuta Holístico, entre outras formações, sem, para tanto, ter me inserido em qualquer tipo de igreja ou crença religiosa. Desenvolvi minha mediunidade, tornei-me um apômetra.

Ao acontecimento: comecei uma meditação até que vi um jovem negro, alto, magro, de cabelos lisos e um pouco longos, trajando paletó e calça pretos — vestimenta de alto padrão. O homem começou a atravessar de modo diagonal a tal avenida. Eu, em meditação, percebia tudo como se estivesse acordado. Era como se eu estivesse na calçada da avenida, mas sabia que estava ali, sentado na minha cadeira, com a testa apoiada nas mãos e os olhos fechados. Gritei mentalmente para o homem, perguntando quem era ele. Não obtive resposta. Meu cachorro, Gim, estava do lado de fora da casa, na varanda, cuja parede divide com o meu quarto onde eu estava. O Gim começou a latir forte, com grande inquietação, como se estivesse percebendo algum acontecimento.

Gritei novamente, dizendo ao homem que, se ele estivesse precisando de encaminhamento, que me olhasse. Ele se virou e me olhou, fazendo sinal com a cabeça de que sim, que precisava. Veio, então, para mim a necessidade de uma apometria para ele. No entanto, no modo de meditação como me encontrava, não havia como utilizar a mesa quantiônica — ferramenta, até então, indispensável. Veio, então, para mim que eu fizesse a apometria utilizando minha vontade e meu sentimento, que, na realidade, é o que faz tudo produzir resultado. Assim eu fiz. De imediato, o Gim silenciou, o homem desapareceu e a mensagem “está tudo certo” me chegou à mente.

JV do Lago
Enviado por JV do Lago em 08/06/2025


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